A pós o gigantesco sucesso em todos os sentidos e a explosão de vendas de Ocarina of Time por todo o mundo, foi anunciado The Legend of Zelda: Mask of Mujula, que mais tarde teve seu nome trocado por Majora’s Mask.
Antes desse anúncio, o plano era desenvolver Ura Zelda (que significa algo como “o outro lado de Zelda”, em Português), uma expansão de Ocarina of Time com uma segunda quest para o Nintendo 64DD, um periférico que aumentava a capacidade de armazenamento de dados do Nintendo 64 (devido a inúmeros atrasos na produção, o acessório acabou por nunca sair do Japão, onde foi usado por poucos jogos). “Ura Zelda” acabou sendo lançado posteriormente como um disco bônus que acompanhava The Wind Waker (primeiro Zelda de Game Cube), com o nome de Master Quest.
O desenvolvimento de Majora’s Mask foi possibilitado, mas o cronograma seria bem curto. Shigeru Miyamoto saía de cena para dar lugar a Eiji Aonuma na direção geral do jogo, com apenas cerca de um ano para concluir o projeto. Talvez isso explique a grande reciclagem gráfica desse jogo em relação a seu antecessor. Mesmo assim, a qualidade visual pôde ser melhorada graças ao uso do cartucho de expansão.
A história de Majora’s Mask é algo como um “side quest” da lenda, ou seja, foge um pouco da sequência seguida pela maioria dos jogos da série (a exemplo do que já havia acontecido com Link’s Awakening, para Game Boy). Não há menções a Ganondorf ou à Triforce, à princesa Zelda se faz apenas uma rápida referência ainda cedo no jogo. O enredo de Majora’s Mask é tido por muitos como o mais original e sombrio de todos os Zeldas.
Desta vez, Link está a procura de uma antiga amizade, (que assumimos ser a fada Navi) quando tem a sua ocarina roubada e, para recuperá-la, chega acidentalmente em um universo paralelo chamado Termina, mais precisamente na pacata cidade de Clock Town, onde descobre que a lua está prestes a cair e destruir o mundo. Link conhece uma nova fada companheira chamada Tatl e um novo vilão chamado Skull Kid. Este, usou a Máscara de Majora e acabou sendo possuído, passando de um bom companheiro para uma pessoa má, e agora quer fazer brincadeirinhas nada agradáveis. Link terá apenas 72 horas para salvar Termina da destruição (não se preocupe, é possível voltar no tempo), e recuperar a Máscara de Majora para um misterioso vendedor de máscaras.
Uma das inovações mais interessante desse jogo fica por conta das máscaras. É possível “sentir na pele” como é ser um Deku, um Goron, ou mesmo um Zora através de máscaras especiais. Além disso, há muitas outras máscaras que podem conferir funções especiais a Link.
Embora seja o Zelda com menor número de calabouços ou “dungeons” (apenas quatro), o jogo foca muito bem em side quests que aproveitam o sistema de “tempo real”. Os personagens são muito bem trabalhados, apresentando diferentes ações conforme o dia e o horário.
Majora’s Mask pode também ser considerado dentro da série como o que mais divide opiniões. Muitas pessoas o consideram o melhor Zelda por sua unicidade e sua história com quê de sombrio. Para tantos outros, ele figura entre os jogos menos interessantes da série, graças à dificuldade imposta pelo sistema de tempo e salvamento e por sua quest principal relativamente curta (mas isso não significa necessariamente que essas pessoas achem o jogo ruim!). Seja como for, se aventurar por Termina é uma experiência que certamente vale a pena!